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A Trupe Chá de Boldo é uma banda formada em 2006, em São Paulo, que acaba de lançar seu quarto disco, “verso” (2017). Com um trabalho coletivo e de permanente experimentação, o grupo sempre apresentou uma sonoridade híbrida, que foge à classificações fáceis, resultado de processos em que cada integrante contribui com múltiplas referências. Para a trupe a mistura não é a meta, mas ponto de partida para a invenção.
“Bárbaro” (2010), disco de estreia, foi lançado apenas após quatro anos de trajetória da banda, focados na realização de shows pela noite paulistana e na criação de um repertório autoral. O trabalho, com produção de Alfredo Bello (DJ Tudo), possibilitou as primeiras turnês do grupo nos anos seguintes, e resultou no primeiro videoclipe, “Bárbaro”.
Em 2012 veio o segundo disco, “Nave Manha” (2012), com produção de Gustavo Ruiz, e com ele os clipes “Na Garrafa” e Belém Berlin”. Nos anos seguintes a trupe foi convidada para participar de dois discos de Tom Zé, “Tribunal do Feicebuqui” (2013) e “Vira lata na Via Láctea” (2014), nos quais produziu arranjos e gravou algumas faixas.
O terceiro disco, “Presente” (2015), também produzido por Gustavo Ruiz, se desdobrou no EP de dubs “Presente para Viagem”, produzido em parceria com Victor Rice. “Presente” foi lançado também em vinil no ano seguinte.
“Verso” (2017), o disco mais recente, – o primeiro com produção musical assinada pela própria banda –, reúne versões da Trupe Chá de Boldo para canções de alguns dos parceiros com quem estabeleceu trocas artísticas e afetivas ao longo de seu percurso. São eles: Alzira E, André Abujamra, arrudA, Gero Camilo, Iara Rennó, Juliano Gauche, Léo Cavalcanti, Marcelo Segreto, Negro Leo, Pélico, Peri Pane, Tatá Aeroplano, Gustavo Souza, Fernando Maranho e Tata Fernandes.
Em seus mais de dez anos de existência, a Trupe se apresentou nos principais palcos de São Paulo e circulou por cidades como Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Vitória (ES), Londrina (PR) e dezenas de cidades do interior paulista. Com “verso”, o grupo segue em turnê pelo país.
Trupe Chá de Boldo é: Ciça Góes, Felipe Botelho, Filipe Nader, Gustavo Cabelo, Gustavo Galo, Guto Nogueira, Julia Valiengo, Leila Pereira, Marcos Ferraz, Pedro Gongom, Rafael Werblowsky, Cuca Ferreira, Remi Chatain e Tomás Bastos. (Texto: Site Oficial).
Discografia
Bárbaro (2010)
01. Chega de Tristeza
02. A Vida Que Te Beija
03. Sai Emo
04. Bárbaro
05. Fora
06. Na Tua
07. Pirata
08. Tango
09. Mar de Rosas
10. Quero Você
11. Olhar Ímpar
12. Eu Não Presto
13. À Lina
02. A Vida Que Te Beija
03. Sai Emo
04. Bárbaro
05. Fora
06. Na Tua
07. Pirata
08. Tango
09. Mar de Rosas
10. Quero Você
11. Olhar Ímpar
12. Eu Não Presto
13. À Lina
Trupe Chá de Boldo & Victor Rice - Presente Pra Viagem (dubs) [2011]
01. Fogo Fogo
02. Cine Especial
03. Lampejo
04. Moremáximo
05. Amores Vão
02. Cine Especial
03. Lampejo
04. Moremáximo
05. Amores Vão
Nave Manha (2012)
01. No Escuro
02. A Rolinha e o Minhocão
03. Se Eu For Parar
04. Apesar
05. Belém Berlin
06. Box 11
07. Na Garrafa
08. Mar Morro
09. Verão
10. Splix
11. Até Chegar No Mar
02. A Rolinha e o Minhocão
03. Se Eu For Parar
04. Apesar
05. Belém Berlin
06. Box 11
07. Na Garrafa
08. Mar Morro
09. Verão
10. Splix
11. Até Chegar No Mar
Presente (2015)
01. Jovem Tirano Príncipe Besta
02. Meu Tesão É Outro
03. Diacho
04. O Fim É Só O Começo (Coração)
05. Smex Smov
06. Fogo Fogo
07. Cine Especial
08. Lampejo
09. Moremáximo
10. Amores Vão
11. O Fim É Só O Começo
12. Aos Meus Amigos
13. Uma Banda
02. Meu Tesão É Outro
03. Diacho
04. O Fim É Só O Começo (Coração)
05. Smex Smov
06. Fogo Fogo
07. Cine Especial
08. Lampejo
09. Moremáximo
10. Amores Vão
11. O Fim É Só O Começo
12. Aos Meus Amigos
13. Uma Banda
Verso (2017)
01. Entre O Mangue E O Mar
02. Cabeleira De Capim
03. We Need Nothing
04. Fera Mastigada
05. Oração De Carnaval
06. Meus Vãos
07. Fiu Fiu
08. Decência
09. Naquela Casa
10. Distraída
11. Canção Do Mundo Maior
02. Cabeleira De Capim
03. We Need Nothing
04. Fera Mastigada
05. Oração De Carnaval
06. Meus Vãos
07. Fiu Fiu
08. Decência
09. Naquela Casa
10. Distraída
11. Canção Do Mundo Maior
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Tempo e espaço se confundem e se misturam em Cosmos, disco de estreia do My Magical Glowing Lens. “Tudo o que foi produzido para este álbum veio de visões, sonhos, sensações sobre outras dimensões”, explica a capixaba Gabriela Deptulski, mente por trás do projeto. “Acho que ele tem a ver com ocultismo, magia e com outras realidades que precisamos de um sentido diferente pra perceber.”
Cosmos, cujas lisérgicas 11 faixas ganham vida nesta sexta, 26, com exclusividade pelo Sobe o Som, vem recheado de expectativas. Os primeiros experimentos de Gabriela – tocando violão/guitarra sozinha, que renderam um EP autointitulado, em 2013 – já foram indicativos, mas o single “Sideral”, lançado este ano, foi o que realmente abriu caminho para o primeiro álbum cheio do grupo.
“Cosmos é uma nova fase desse projeto, uma mutação dele para algo que abrange mais pessoas”, conta Gabriela, vocalista e guitarrista do My Magical Glowing Lens. “Antes eu fazia absolutamente tudo, agora as funções foram divididas”. O trabalho surgiu a partir das divagações da musicista, mas ganhou o formato fluido durante as gravações na sede da gravadora Subtrópico (que assina o disco com a Honey Bomb Records e a PWR Records), a Casa Verde, em Vitória, no Espírito Santo.
Segundo Gabriela, não só as reflexões acerca da metafísica influenciaram Cosmos. “Paixões arrebatadoras, sonhos sobre o espaço, amizades malucas, vontades de infinito, ligação sinistra com a natureza, com as máquinas, com o modo de ser dos bichos”, ela enumera, citando também as referências musicais de Rihanna a Flaming Lips, passando pela francesa Melody’s Echo Chamber, os brasileiros Catavento, Bike e Secos e Molhados, entre outros. “Muita coisa estranha influenciou esse álbum.”
Inteiramente calcado na psicodelia, Cosmos varia entre momentos mais orgânicos e outros mais sintéticos, mas tudo gravado com uma abordagem lo-fi e artesanal, a partir das demos desenvolvidas por Gabriela (que foi acompanhada pelo baterista Henrique Paoli, o baixista Gil Mello e tecladista Pedro Moscardi). Além de destacar os vocais em português de Gabriela, a faixa “Madruga”, singela balada que encerra o álbum, dá um noção de como ela soa quando está sozinha – o que pode ser encarado com a gênese do My Magical Glowing Lens. (Texto: Rolling Stone Brasil)
Discografia
Cosmos (2017)
01. Sideral
02. Space Woods
03. Raio de Sol
04. Tente Entender
05. Não Há Um Você No Seu Interior
06. Azul Cósmico
07. Noite Estrelada
08. Da Selva Pro Mar
09. Portal
10. Supernova
11. Madruga
02. Space Woods
03. Raio de Sol
04. Tente Entender
05. Não Há Um Você No Seu Interior
06. Azul Cósmico
07. Noite Estrelada
08. Da Selva Pro Mar
09. Portal
10. Supernova
11. Madruga
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Para os que reclamam que falta música brasileira de qualidade, eis os portadores das boas novas: Vinicius Calderoni, 24; Tó Brandileone, 23; Pedro Altério, 22; Pedro Viáfora, 21 e Leo Bianchini, 26. A banda surgiu em 2010 e as influências nas composições e apresentações vão do samba de raiz ao indie rock, passando pelo hip-hop e jazz, criando assim um som contemporâneo e ritmos originais. Jovens, mas absolutamente comprometidos com uma música autoral brasileira contemporânea. Comprometidos, mas descontraídos, irreverentes, iconoclastas. E, como se não bastasse, auto-suficientes: sem outros músicos no palco, são também os responsáveis pelos arranjos e pela execução do violão, guitarra, piano, percussões e até por complexas execuções de arranjos vocais. Vestidos com suas canções, apresentadas em registros intimistas, próximas de sua essência, despidas de pirotecnia, mas ricas em timbres e texturas. Felizes porta-vozes de uma geração que ouve e reprocessa música como nenhuma outra, canções que não se encaixam em gêneros pré-estabelecidos. Ciosos de sua responsabilidade, mas com a alma leve, acreditando na música como arte do encontro, e de que para fazer acontecer basta um palco e mais 5, a seco. (Texto: Last.fm)
Discografia
Ao Vivo No Auditório do Ibirapuera (2012)
01. Gargalhadas
02. Feliz pra Cachorro
03. Em Paz (part. Maria Gadú)
04. Pra Você Dar o Nome
05. Feito Nós
06. Tempo Morto
07. Faça Desse Drama
08. Sei Lá Eu
09. Ou Não (part. Lenine)
11. Abrindo a Porta
12. No Dia Que Você Chegou (part. Chico César)
13. Tatame
14. Vou Mandar Pastar
15. Deixe Estar
02. Feliz pra Cachorro
03. Em Paz (part. Maria Gadú)
04. Pra Você Dar o Nome
05. Feito Nós
06. Tempo Morto
07. Faça Desse Drama
08. Sei Lá Eu
09. Ou Não (part. Lenine)
11. Abrindo a Porta
12. No Dia Que Você Chegou (part. Chico César)
13. Tatame
14. Vou Mandar Pastar
15. Deixe Estar
Policromo (2014)
01. Épocas
02. Eu Amo Djavan
03. Você e Eu
04. Nem Tchum
05. Fiat Lux
06. Veio pra Ficar
07. Vem e Vai
08. Geografia Sentimental
09. O Sonho
10. Festa de Rua
11. Não Tem Paz
12. Primeiro Olhar
13. Ninguém Nem Eu
14. Passo a Passo
02. Eu Amo Djavan
03. Você e Eu
04. Nem Tchum
05. Fiat Lux
06. Veio pra Ficar
07. Vem e Vai
08. Geografia Sentimental
09. O Sonho
10. Festa de Rua
11. Não Tem Paz
12. Primeiro Olhar
13. Ninguém Nem Eu
14. Passo a Passo
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Dani Black está maior do que era antes, melhor do que era ontem. Nome de ponta de sua geração, filho urbano de uma das vozes da mata, Tetê Espíndola, nome escrito nas estrelas familiares de Arnaldo Black, agora ele revela mais claramente a que veio no universo musical pop, com o tempo a seu favor, aos 27 anos. Compositor bem pensante, guitarrista de impacto e cantor de intensa beleza e potência vocal, tem também o dom do carisma, do bom humor e outras qualidades de um bicho do palco, desde quando integrava o grupo 5 a Seco. No segundo disco de estúdio, “Dilúvio”, Dani chega com os pares essenciais pra mergulhar numa abundância de ideias, timbres e traçados líricos de um criador inquieto.
Há variações, entre sutilezas e sobressaltos, a cada faixa, como a abertura do disco com orquestra, que logo dá lugar a uma potente fusão de funk e rock com a banda em “Areia”, a combinação de cordas e programações eletrônicas de Conrado Goys em “Dilúvio”, os trompetes de Sidmar Vieira e a guitarra solo de Dani em “Seu Gosto”, o piano do compositor, a sanfona de Zé Godoy e o quarteto de cordas na linda balada “Bem Mais”. Sem perder a unidade, há também a alternância de reggae e rock na dançante “Fora de Mim”, o despojamento de “Ú”, só com voz e guitarra, e a grande e imprevisível cartada no fim: o dueto com Milton Nascimento na canção mais pungente e reflexiva do álbum, “Maior”.
Parceiro de Zélia Duncan e Chico César, com músicas gravadas por Ney Matogrosso, Maria Gadú e Elba Ramalho, entre outros, o compositor e músico lançou o primeiro álbum solo (“Dani Black”) em 2O11, com maioria de canções próprias e uma regravação de “Comer na Mão”, de Chico César, um dos insuspeitos entusiastas de seu trabalho. Em 2O13 disponibilizou na web o “EP SP” com seis versões ao vivo de canções do primeiro álbum e duas novas, “Encontros Carnais” e “Só Sorriso”, esta recriada em estúdio para o segundo, em que assina todas as composições. “Não Não Não” é outra que foi testada em shows. A sensual “Seu Gosto” também criou expectativa ao ser revelada em vídeo em versão de voz e guitarras dele e de Conrado Goys, em dezembro de 2O14.
Profissional conceituado como guitarrista, violonista, produtor, compositor e arranjador, Conrado produziu “Dilúvio” (com coprodução do compositor), definindo sua sonoridade, durante meses em estúdio até chegar à combinação ideal “da fúria do som misturada com a densidade e a delicadeza da poesia”. Diferentemente do primeiro, que é um disco basicamente de canções de amor, este é “um dilúvio de ideias, de mensagens, de sensualidade muitas vezes”, como diz Dani. “É um disco espontâneo. Por mais que tenha sido feito minuciosamente, a parte orgânica, que sou eu, é muito espontânea.”
A alternância de climas e cores sonoras dialoga com o “leque de assuntos”, incluindo “Ganhar Dinheiro”. Dani tem notáveis qualidades como músico e intérprete, mas o que vem à frente é o (compulsivo) compositor. Várias canções foram registradas no disco apenas com a voz-guia, sem retoques. Outras foram refeitas inteiras até atingir o ponto certo “da expressão da ideia”. O dueto com Milton Nascimento foi gravado ao vivo em poucos minutos depois de vários dias de convivência com o cantor e compositor no Rio. Apesar das diferenças estéticas, eles se afinaram no aspecto humano e poético.
Depois da participação de Milton nesse disco, Dani foi convidado a integrar os projetos “Mar Azul” (em que interpretou “Travessia”) e “Mil Tom” (cantando “Paisagem na Janela”) e agora o Teatro Mágico o chamou pra participar de seu álbum dedicado ao Clube da Esquina. “Milton começou a circundar minha vida.”
Renato Neto, tecladista com mais de dez anos de experiência com o ídolo americano Prince, é outra presença de luxo no disco. Minucioso, passou mais de cinco horas com Dani em estúdio, apenas para escolher dois ou três timbres que fazem a diferença em “Linha Tênue”. É uma pancada pop, com a guitarra de Dani “ardendo pra furar mesmo”, como se vê em sua atuação marcante ao vivo.
A referência mitológica do dilúvio – da tempestade seguida da reconstrução – reflete um estímulo criativo. “O dilúvio não quer ser bonito, é uma força da natureza. Então, é espontâneo, como só a natureza sabe ser, implacável e generosa ao mesmo tempo”, diz Dani. Entre seus achados líricos do disco, há esses versos da canção-título: “E quando acender a minha chama / Todos os sins vendo os nãos em apuros / Eu quero é morrer num beijo puro / De línguas e sais”. Em “Não Não Não”, diz: “Não vou, não vou ficar não / Aqui esperando que você me faça em pedaços e depois se sirva”. Existencial, “Maior” revela que esse “filho do mistério e do silêncio”, atento à voz do tempo, quer e pode ir bem mais longe.
“Quero tirar o que tem de mais valor em mim, sou um cara visceral. E o que me toca, que naturalmente vai pra minha composição, é tentar furar as pessoas, mexer com elas e segurá-las até o final na mesma intensidade. Quero que viajem nas imagens que estou propondo.” E assim, sem dispensar importantes referências, ele deixa pegadas fundas no caminho suave, como só faz quem tem groove. (Texto: Site Oficial)
Discografia
Dani Black (2011)
01. Pega de Jeito
02. Miragem
03. Devagarinho
04. Como as Coisas São
05. Juntos Outra Vez
06. Aurora
07. Comer na Mão
08. Vem (feat. Pedro Altério)
09. Me Enlouquece
10. Brincadeira
11. Era Você
12. Deixar o Barco Ir
13. Vocês
02. Miragem
03. Devagarinho
04. Como as Coisas São
05. Juntos Outra Vez
06. Aurora
07. Comer na Mão
08. Vem (feat. Pedro Altério)
09. Me Enlouquece
10. Brincadeira
11. Era Você
12. Deixar o Barco Ir
13. Vocês
EP SP Ao Vivo (2013) [EP]
01. Pega de Jeito
02. Encontros Carnais
03. Miragem
04. Juntos Outra Vez
05. Comer na Mão
06. Deixar o Barco Ir
07. Só Sorriso
08. Devagarinho
02. Encontros Carnais
03. Miragem
04. Juntos Outra Vez
05. Comer na Mão
06. Deixar o Barco Ir
07. Só Sorriso
08. Devagarinho
Dilúvio (2015)
01. Areia
02. Dilúvio
03. Linha Tênue
04. Fora de Mim
05. Seu Gosto
06. Bem Mais
07. Só Sorriso
08. Não Não Não
09. Ganhar Dinheiro
10. Ú
11. Maior (part. Milton Nascimento)
02. Dilúvio
03. Linha Tênue
04. Fora de Mim
05. Seu Gosto
06. Bem Mais
07. Só Sorriso
08. Não Não Não
09. Ganhar Dinheiro
10. Ú
11. Maior (part. Milton Nascimento)
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Inspirador. Foi a palavra que me veio na primeira audição de Marina Goes to Moon, EP do duo gaúcho, Juna, que acaba de sair pela Crooked Tree Records. As cinco músicas, gravadas no verão deste ano em São Leopoldo, RS, são bem produzidas e encadeadas de uma maneira agradável, provocando (talvez de forma intencional) essa sensação de imersão, onde a cada faixa um aspecto novo é colocado, em doses homeopáticas, para o ouvinte.
A banda é formada por Victória Appollo (guitarra, violões, teclados e vocais) e Thomas Almeida (bateria, guitarra, contra-baixo e vocais). Para a gravação houve ainda as participações de Daniel Rosemberg e Clandio De Bem.
Prologue, a primeira música do EP, dá o tom do que virá. Música cativante e acompanhada do belo jogo de vozes cheias de personalidade feito por Victória Appollo e Thomas Almeida.
Marina Goes to Moon, faixa título, traz um belo refrão capaz de grudar na sua mente durante o dia inteiro (acredite rs). Há um quê de pop rock, mas delicioso de se ouvir no refrão “I don’t want to be be be be be yours anymore”. O solo de guitarra demonstra a capacidade da banda em unir arranjos de fácil degustação, com técnica elaborada.
Em Aniram é possível perceber o cuidadoso trabalho de mixagem, que produziu uma atmosfera sonora única. Digno de nota são as camadas de guitarras cheias de delay, as quais ressoam de um lado a outro em excelentes divisões que preenchem os espaços na medida certa, sem soar exagerado ou fora de propósito.
Drop the Satellites dá continuidade e liga ao EP e surpreende com outra faceta da banda. Nesta faixa a dupla investe em uma canção com pegada mais pesada, no entanto, sem perder a característica psicodélica das guitarras. A mudança de andamento (e clima) na metade final da música é outra boa sacada.
O EP fecha com a faixa Reprise/Two times, a qual remete, nos minutos iniciais, a uma versão mais lenta de prologue e termina com uma balada lo-fi voz e violão.
É possível observar muitas influências que delineiam o som da Juna que vão desde o space rock, new wave e progressivo até o post-punk. De maneira geral o EP é muito bem produzido, tem conceito bem amarrado e desperta curiosidade sobre o que mais vem por aí.
A capa, de Maria Bitencourt, possivelmente inspirada num dos primeiros filmes da história, o La Voyage Dans La Lune é outro ponto forte. Tanto no filme, quanto no EP há um aspecto de busca e de descobrimento que transcende à época em que foram concebidos. Outra banda que bebeu desta mesma fonte foi o Smashing Punpkins em Tonight, Tonight, que é um clássico para dizer o mínimo. Não sei dizer se Marina Goes to Moon será um clássico tal qual as referências que usou, mas com certeza já nasce grande e bem promissor. No mínimo a arte consegue imprimir não apenas o conceito do disco em si, como também o da banda como um todo.
O ouvinte receberá um singelo convite para além do mundo da lua, mas sim para o mundo de Juna. Boa viagem! (Texto: Crooked Tree Records)
Discografia
Marina Goes To Moon (2017) [EP]
01. Prologue
02. Marina Goes To Moon
03. Aniram
04. Drop The Satellites
05. Reprise / Two Times
02. Marina Goes To Moon
03. Aniram
04. Drop The Satellites
05. Reprise / Two Times
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Me chamo Eric Rossignol, tenho 18 anos, sou natural de Nova Prata - RS que fica à 182 km de Porto Alegre.
Quando tive oito anos, ganhei minha primeira bateria. De tão feliz que fiquei e querendo me dedicar afú, comecei ir mal no colégio, aí meu pai tirou ela de mim, mas não demorou muito e a vendeu.
Aos doze anos, fui convidado por amigos de infância para tocar bateria numa banda cover de diversas bandas. A banda já tinha uma bateria, mas eu não tinha. Não durou muito e brigamos.
Saí da banda e ganhei uma bateria nova, depois ganhei meu primeiro violão e comecei a aprender na frente do computador os primeiros acordes, já conhecia os sons do ‘’Ventania’’, ouvia Kiss desde criança. Eu era bem do rock n' roll, não que hoje em dia eu não seja (mas me considero bem eclético). Nessa idade conheci a ‘’ganja’’, tudo mudou, conheci o som de Hendrix (algo marcante pra mim), Mutantes, Cachorro Grande, Tame Impala, Pond, Boogarins, Júpiter Apple... conheci diversas bandas, que sóbrio eu não dava bola pois achava bobagem demais pra ser sacada.
Aos 13, ganhei uma Les Paul da Shelter, e aí comecei a querer aprender escalas pentatônicas e improvisação, fui fazendo bandas com amigos, aulas em casa, tocando covers. Aos 14 comprei uma Stratocaster Squier (que tenho até hoje e está personalizada como a guitarra de Connan Mockasin), surgiu uma strato da Eagle também, mas o timbre não me satisfazia, ficou pouco tempo comigo e a vendi.
Comprei meu primeiro pedal, era um Jackhammer JH-1 da Marshall, depois adquiri alguns pedais caseiros feitos por um amigo meu, era o mesmo set do Hendrix (Univibe e Fuzz). Também comprei um Wah da Behringer, um delay e um vib/vibe da Fuhrmann.
Um dia resolvi pesquisar se tinha como simular pedais pelo PC, aí que descobri o programa Guitar Rig da Native Instruments. Comecei a compor e gravar por ali mesmo, usando loops, simulando pedais e efeitos. Eu fazia o baixo direto na guitarra, passando por um preset simulando octavers e certos amplificadores.
Assim foi surgindo meu primeiro álbum instrumental: Transcendente, reuni todas minhas demos, ouvi e percebi que isso poderia ser lançado, mas eu não sabia se tinha dom para cantar. Aos 17 anos, depois de muita acidez na cuca desde os 14 anos, começo a compor e gravar sem parar, fui aprendendo a mexer em vários programas. Comecei a ver que minha virtude só aumentava (minha criatividade sempre foi intensa desde o colégio). Sei fazer um pouco de tudo, sempre na base de improviso.
Também aos 17, fui chamado pra ser baterista de uma banda pratense de rock n’ roll, que era a minha favorita desde quando eles começaram, ela se chama Foegos, toquei por alguns meses. Enquanto isso eu estava conhecendo uma garota, larguei a banda e me mudei para Passo Fundo, conheci muita galera doida de lá, eventos, cultura, tive as mais intensas experiências lisérgicas por lá e fui compondo algumas faixas para o álbum ''Bananadines''. Depois do termino do meu relacionamento de um ano, voltei para Nova Prata e fiquei com a cabeça muito pesada.
A faixa ''Fuzzcazul'' compus exatamente na meia noite da virada de ano (2016/2017) com dois ácidos na cuca. Foi uma promessa de esquecer o passado gravando e mixando um álbum. Fiquei 12 horas com um contrabaixo nas mãos, toquei sem parar até o meio dia e no resto do dia primeiro, fui mixando o Bananadines e o lancei.
Nas últimas semanas de janeiro, começo a me interessar por timbres de sintetizadores, e inicio as composições do ''Visions in Nu Silver''. Ficou muito eletrônico e dançante, dividi a produção dele em duas partes (Vol. 1 & Vol.2), pois eu tinha infinitas ideias sonoras. Tanto que eu curto pra caralho o Vol. 2 desse EP.
Ao mesmo tempo eu estava compondo outros sons mas com instrumentos de uma banda, eu estava domando os programas e simuladores VST’s. Comecei a compor o bonito álbum chamado ‘’Florir’’, a primeira musica/intro a criei ela em menos de meia hora, inventei a riff em poucos minutos.
Hoje em dia, sou um cara eclético, gosto de experimentar várias coisas pra ver como é o resultado. No álbum ‘’Acidwave’’, misturei a sonoridade dos anos 80, a onda Vaporwave com música dançante e pop, o resultado foi uma onda ácida (olha só onde fui parar). Percebi então que deveria parar de ficar fazendo álbum instrumental. No ‘’Acidwave’’ eu solto a voz.
Em uma tarde de março, recebo uma mensagem: ‘’Você não quer lançar seus álbuns nos principais serviços de streamings e lojas virtuais?’’Fiquei surpreso, pois o rapaz era de Rondônia, e pôs os ouvidos em meus sons. Eu aceitei a proposta feliz. A gravadora/selo dele se chama Tuareg Records, é uma marca que não faz muito que surgiu. Relancei o ‘’Florir’’ e o ‘’Acidwave’’ pela Tuareg.
No momento estou compondo o próximo álbum, onde misturarei bossa nova, psicodelia, sonhos de infância, LSD, stoner, rock sessentista, setentista... Todo cantado em português. Está ficando muito bom, garanto.
Lançarei também pela Tuareg, e se chamará ‘’Pairando no Quintal’’. (Texto por: EROSS)
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Discografia
Transcendente (2016)
01. Chirimoya Juice
02. Aroma Púrpuro
03. Impala Blue
04. 100 Verso 03:51
05. Face(doesn't belong to his)Book
06. Entumecimiento
07. O Que Foi Que Eu Fuzz?
08. Maçã
09. P.A.M.
10. Dois Mil & Alguma Coisa
11. Cais
02. Aroma Púrpuro
03. Impala Blue
04. 100 Verso 03:51
05. Face(doesn't belong to his)Book
06. Entumecimiento
07. O Que Foi Que Eu Fuzz?
08. Maçã
09. P.A.M.
10. Dois Mil & Alguma Coisa
11. Cais
Bananadines (2017) [EP]
01. Fuzzcazul
02. Magafeu's Groove
03. Bananadines
02. Magafeu's Groove
03. Bananadines
Visions in Nu Silver (2017)
1.0
01. Moogamorfoze
02. Visions in Nu Silver
03. Pinus Illiotti
04. Jarbatik Blues
05. Hashish Sitar
06. Laboratório do Céu de Júpiter
02. Visions in Nu Silver
03. Pinus Illiotti
04. Jarbatik Blues
05. Hashish Sitar
06. Laboratório do Céu de Júpiter
2.0
01. bZZZnaga
02. Koroadoz
03. Washed Inside
04. Washed Out
05. Centópede Doce
02. Koroadoz
03. Washed Inside
04. Washed Out
05. Centópede Doce
Acidwave (2017)
01. sweet and cold
02. try defy him
03. cold way
04. frenesi
05. come dance
06. our mind is a caldron
02. try defy him
03. cold way
04. frenesi
05. come dance
06. our mind is a caldron
Florir (2017)
01. Bons Sonhos Acordado
02. Bosque da Neblina
03. E Talvez...
04. Já Volto & Voltei
05. Eu Me Syntho
06. Badabadub'step
02. Bosque da Neblina
03. E Talvez...
04. Já Volto & Voltei
05. Eu Me Syntho
06. Badabadub'step
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